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A casa e os jardins de Monet em Giverny

21 de março de 2018 — by Carol Pio Pedro4

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Com a proximidade da primavera sabemos que é hora para mais uma temporada em Giverny. Aliás, estas deveriam ser palavras sinônimas, porque né? Monet mesmo afirmou certa vez que sua obra de arte mais bonita era o jardim de sua casa, que construiu, plantou e lapidou, pouco a pouco, ao longo de 43 anos vividos ali naquele lugar encantado com sua família.

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Para quem não conhece, Giverny é uma vila beeem pequena localizada a pouco menos de 1 hora de trem de Paris que recebe turistas do mundo inteiro ávidos a conhecer o cenário real de algumas das pinturas mais famosas do Impressionismo: os jardins do pintor francês, Claude Monet.

a fundação monet reabrirá dia 24 de março de 2017 23 de março de 2018 e funcionará diariamente, das 9h30 às 18h, ATÉ DIA 1 DE NOVEMBRO de 2017 2018.

Justiça seja feita, por mais espetacular que seja o jardim, a casa merece tanta atenção quanto a área externa. E aqui vai uma nota pessoal: desde que visitei esse lugar pela primeira vez, quando me perguntam “qual sua casa dos sonhos” é ela que vem na ponta da língua, sem titubear!

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Casa de Monet

A casa

Quando Monet adquiriu a propriedade, ela era bem menor do que conhecemos atualmente. Primeiro construiu seu estúdio anexando o celeiro à casa e, no piso superior, um quarto espaçoso e um banheiro – esse era seu “apartamento”. Logo ao lado, o quarto da esposa. Na outra extremidade da casa, piso inferior, construiu uma grande cozinha que acomodasse bem toda sua família e, logo acima, o quarto das filhas (os filhos e enteados ficaram com o sótão).

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Estúdio de Monet.

Do lado de fora, a fachada foi pintada de verde e rosa, cores completamente fora dos padrões da era Vitoriana, onde predominavam tons escuros e pesados. Com a expansão lateral, a casa ficou com 3 entradas: a primeira levava ao “apartamento” de Monet; a do meio era a entrada principal e a última dava acesso direto à cozinha. Bem rente às entradas começa o jardim, com objetivo de integrar os dois espaços.

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Cada cômodo possui suas próprias cores predominantes, assim como decoração e temáticas diferentes. Há muita cor, leveza, arte e personalidade em cada ambiente! Difícil falar o meu favorito, mas acho que fico com a cozinha toda em azul, ampla e arejada, azulejos pintados na parede e utensílios em bronze. Em seguida, a sala de jantar, toda em amarelo claro, com o contraste da porcelana verde. As paredes são cobertas com gravuras dos melhores artistas japoneses da época – uma coleção que Monet cultivou por mais de 50 anos. Por último, escolho o quarto dele pelas amplas janelas e a vista deslumbrante.

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Cozinha – casa de Monet.
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Sala de jantar – casa de Monet.
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Vista do quarto de Monet.
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Sala de estar – casa de Monet.

Os jardins

Há duas partes no jardim que contrastam e se completam. O primeiro, Clos Normand, em frente à casa, um jardim cheio de tons, perspectivas e simetrias. Canteiros de flores mais ou menos organizados por cores e com mistura de espécies. No corredor central há pérgolas cobertas de rosa. O visual é maravilhoso e andar entre os corredores é uma delícia.

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Jardins de Monet
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Vista da janela para os jardins.

A segunda parte fica por conta do famoso jardim em estilo japonês retratado em muitas de suas obras. Monet encontrou inspiração nesse jardim aquático por mais de vinte anos!  O lago é repleto de nymphéas – flores aquáticas que florescem durante todo o verão – e cortado por pontes, dentre elas a ponte japonesa coberta de glicínias, com salgueiros chorões ao redor. Um cenário mágico, principalmente quando os lírios d’água estão florescendo!

Um fator decisivo para entrar no clima do lugar é visitá-lo vazio. Minha dica principal é estar na porta de entrada no horário que inicia a visitação, às 9h30.

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Ponte japonesa – jardins de Monet.
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Nymphéas (lírios d’água) – jardins de Monet.
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Nymphéas (lírios d’água) – jardins de Monet.

Acesso

  • Giverny localiza-se a 75 km de Paris e a 6 km de Vernon, a cidade mais próxima servida por trem;
  • Compre um bilhete de trem percurso <Paris – Vernon> partindo da Gare Saint Lazare. Confira horários aqui.
  • Chegando em Vernon siga as placas em direção ao ponto de ônibus especial que sai a cada 15min em direção a Giverny. Confira horários aqui.
  • Chegando em Giverny siga as placas para a casa de Monet. É facil! Não tem como se perder.

Após a visita à Fundação Monet sugiro dar uma volta para conhecer a pequena vila. Há alguns restaurantes que servem comida razoável e preços pouco justos. O melhor que encontrei foi o restaurante dentro do Museu dos Impressionistas – a entrada é livre mesmo para quem não visita o museu.

Considero a ida à Giverny um dos passeios imperdíveis do circuito turístico pela sua singularidade. Natureza, arte, arquitetura e paisagismo no mais absoluto equilíbrio!

Bisous,

Carol

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4ª edição do evento gastronômico Gôut de France

14 de março de 2018 — by Carol Pio Pedro0

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O jantar Goût de France 2018 acontecerá dia 21 de março nos 5 continentes em mais de 2.000 restaurantes.
mais de 10 cidades brasileiras participam!

Nessa segunda-feira, dia 12 de março, tive o prazer de participar do evento de apresentação da 4ª edição do Gôut de France, o festival internacional que celebra a gastronomia francesa ao redor do mundo, promovendo um importante elo entre chefs de cozinha e, consequentemente, entre a França e os países participantes.

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O Consul Geral, Sr. Brieuc Pont, nos recebeu em sua residência, em São Paulo, para um coquetel de apresentação do festival – que esse ano acontecerá no dia 21 de março, próxima quarta-feira – bem como dos restaurantes & chefs participantes no Brasil.

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Vivian Tedeschi – Sr. Brieuc Pont – Carol Pio Pedro
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Vivian Tedeschi – Chef Jacquin – Mari Christine – Carol Pio Pedro

Desde a alta gastronomia ao bistrô de qualidade, os chefes deverão propor um menu francês respeitando sua estrutura. Serão servidos 5 pratos: generoso aperitivo, uma entrada, um ou diversos pratos, queijo e/ou sobremesa, acompanhados de vinhos e champanhe franceses.

O tema deste ano é a belíssima Nouvelle-Aquitaine (Nova-Aquitânia), região na qual os chefs se inspirarão para elaborar seus menus. Localizada no sudoeste do país, a região-tema é famosa por seus vinhedos – destaque para as caves de Lascaux (Patrimônio da Unesco) – e restaurantes étoilés (há cerca de 20 estabelecimentos premiados com estrelas Michelin).

A 4ª edição do Goût de France presta ainda uma homenagem ao chef francês Paul Bocuse, considerado o maior nome da gastronomia contemporânea – falecido em janeiro deste ano. Os restaurantes confirmados poderão ainda dedicar seus menus à vida e obra do mestre.

Confira aqui a lista dos restaurantes participantes no Brasil. Faça a busca pelo filtro “cidade” ou “país”.

Bon appétit! :)

Carol

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2 ruas secretas: novos ângulos da Torre Eiffel

13 de março de 2018 — by Carol Pio Pedro0

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Para quem visita Paris pela primeira vez o Trocadéro certamente será parada obrigatória no roteiro. afinal de contas, seu terraço e jardins oferecem a vista mais famosa e tradicional para a Dama de Ferro. A beleza é inquestionável, principalmente se o dia estiver ensolarado – melhor ainda se for na primavera e as flores estiverem desabrochando. No entanto, por ser uma das principais atrações turísticas na cidade, a chance de se dividir o m² com outras centenas de pessoas é enorme e – pelo menos para mim – perde-se muito da emoção e experiência nessas ocasiões. Deixar de ir? Não acho que seja esse o caso… dê preferência para visitá-lo pela manhã, beeem cedinho, e desfrutar da paisagem praticamente sozinho.

Ponto turístico visitado? ☑ Ótimo! Permita-se agora sair do roteiro para conhecer 2 ruas secretas – apesar de coladas a Torre Eiffel – que oferecem ângulos interessantes para o símbolo maior de Paris. Ambas estão coladas ao Champ de Mars, o parque público no qual se situa a Torre.

São elas: rue de l’Université – que se estende desde Saint-Germain até o Champ de Mars – e rue de Buenos Aires – que seria a continuação da rue de l’Université caso a Torre não estivesse ali. Ambos os trechos colados ao parque abrigam prédios residenciais magníficos e não possuem saída para automóveis, mas servem de atalho para os pedestres entrarem bem na altura da Torre. Para facilitar: de frente para a Torre e de costas para o Sena, a rue de Buenos Aires estará à direita e a rue de l’Université à esquerda.

Confira:

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rue de l’Université – Paris 75007

rue de Buenos Aires – Paris 75007

Mais uma pequena dica: a rue de l’Université é mais “famosa” e o ângulo para a Torre é mais bonito, por isso às vezes encontramos alguns fotógrafos por lá. Já a rue de Buenos Aires é bem tranquilinha :)

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rue de l’Université – Paris 75007
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rue de Buenos Aires – Paris 75007

E você, tem foto por aqui? Quero ver!

Bisous :)

Carol