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Vale do Loire: Château d’Amboise e Clos Lucé

16 de setembro de 2015 — by Carol Pio Pedro2

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Berço histórico da França, o Vale do Loire faz parte do patrimônio mundial da Unesco em função da riqueza arquitetônica e importância histórica de seus diversos castelos medievais e renascentistas dispostos nas vilas e pequenas cidades ao longo do rio Loire.

A história dessa região está intimamente ligada à dos reis da França. que construíram seus châteaux para residência permanente ou de férias entre os séculos XV e XVI.

É o caso de Amboise, parada obrigatória para quem visita a região. Trata-se de uma pequena cidade que conserva fielmente características medievais: ruas estreitas de pedra, antigas construções, pontes em arco e, claro, o famoso castelo: Château d´Amboise, construído no alto de um rochedo com visão estratégica para toda a cidade e para o rio Loire.

Vila de Amboise
Vila de Amboise

O Château d´Amboise serviu de residência para muitos reis da França a partir de 1434. Inúmeras reformas e expansões foram feitas ao longo dos séculos, mas devido aos ataques sofridos em períodos de guerra, principalmente durante a Revolução Francesa, o castelo representa atualmente somente um quinto do projeto original.

Vista Panorâmica 1
Vista Panorâmica 1

Além da família real, o Château d´Amboise abrigou também importantes artistas. Um dos principais motivos pela fama e intenso turismo neste castelo deve-se ao fato de Leonardo da Vinci estar sepultado ali, na Capela de Saint-Hubert.

Capela St Hubert
Capela Saint Hubert
Túmulo de Leonardo da Vinci
Túmulo de Leonardo da Vinci

O rei Francisco I, grande admirador e amigo pessoal de da Vinci, o convidou a vir de Roma para morar na França. Este, sem muitos recursos, aceitou o convite e se estabeleceu em Amboise (onde o rei vivia nessa época) passando a ocupar o Château de Clos Lucé, antiga residência real de verão.

Clos Lucé
Clos Lucé

Com sua chegada, em 1516, é nomeado “Primeiro pintor, arquiteto e engenheiro do Rei” e algumas adaptações foram feitas no Clos Lucé para acomodá-lo com seus discípulos. Na bagagem, alguns cadernos com desenhos e 3 de suas pinturas: Sant’Ana, São João Batista e a Mona Lisa! Muitas festas e banquetes eram dadas nas dependências do castelo. Leonardo produziu e trabalhou intensamente em diversos projetos do Rei, mas morreu 3 anos depois de sua chegada na França, em 1519.

O Clos Lucé também está aberto à visitação e é totalmente dedicado à vida do artista. Um parque cultural exibe maquetes em tamanho real, reproduzindo algumas de suas invenções. Na residência, réplicas de desenhos e uma exposição sobre seus feitos na área de engenharia. Os aposentos foram reconstruídos à época em que viveu ali.

O passeio à cidade de Amboise e aos seus dois importantes castelos – Châteaux d`Amboise e Clos Lucé – é fascinante e nos faz voltar ao passado!

Há passeios de 1 dia para o Vale do Loire. Eu mesmo já fiz um tour desse tipo e gostei bastante. Dá para visitar 3 castelos, mas sinceramente aconselho mais dias na região para aproveitar bem e com calma toda a atmosfera e história do lugar. Se for sua primeira vez em Paris e você tiver poucos dias para visitar a cidade, não aconselho o passeio ao Vale do Loire, que fica a 2 horas de Paris. O melhor a fazer é um bate-volta à Versailles, bem mais perto da cidade.

  • Localização: 37400 Amboise, França
  • Acesso de carro: rodovia A10 – saída Amboise, a 15 km pelas rodovias D31 e, em seguida, N152.
  • Acesso de trem: TGV (Tours-Saint-Pierre-des-Corps) a 20 km do Castelo ou seguir em trem da SNCF até a estação de Amboise.
  • Quanto custa: 10,9€ (tarifa cheia adulto – sem audio guide)

Site oficial

http://www.chateau-amboise.com

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Parc de Buttes Chaumont

11 de setembro de 2015 — by Carol Pio Pedro0

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A dica de hoje é mais uma das maravilhas projetadas na época de Napoleão e do famoso prefeito Barão de Haussmann. Mais uma contribuição (e das grandes) para transformar Paris nessa cidade planejada e agradável que vemos hoje. Dessa vez não me refiro a algum famoso monumento erguido para simbolizar a grandiosidade e soberania do país ou à expansão das ruas e criação dos grandes boulevards.

Essa dica é um grande espaço verde, um parque erguido sobre um terreno totalmente irregular, árido e em uma localização nada óbvia para a época: fora dos limites da cidade, onde se escondiam ladrões e procurados pela polícia (essa não ousava entrar ali). A cidade ainda não havia crescido até os arredores de onde hoje fica o 19ème, mas Napoleão e Haussmann, almejando a expansão de Paris, deram novo uso à uma grande porção de terra nessa região sinistra.

Para se ter uma ideia do espaço escolhido, ali já havia funcionado um temido lugar de tortura e prisão, na qual homens eram pendurados, enforcados e esquecidos até que seus corpos fossem decompostos. Depois serviu de fossa a céu aberto, recebendo todo o dejeto dos demais bairros, até que virou uma pedreira devido à alta concentração de gipsita, um minério usado para a fabricação de gesso e cimento. Por conta das escavações, o relevo que já era acidentado, tornou-se ainda mais irregular, chegando a desníveis de até 50m de altura.

Parc de Buttes Chaumont - lago
Parc de Buttes Chaumont – lago

O parque de 25 hectares foi inaugurado em 1867 e é considerado um dos maiores e mais arborizados parques da cidade. Diferente do design de outras áreas verdes parisienses, que seguem estilos francês e italiano de decoração e paisagismo, o Parc de Buttes Chaumont lembra mais os nossos parques do Brasil, com vegetação densa, lago, cascata, ponte e até mesmo um monte com um pequeno monumento inspirado nos templos romanos.

Parc de Buttes Chaumont
Parc de Buttes Chaumont

Atualmente, o Buttes Chaumont é muito frequentado pelos parisienses devido à tantas atrações que oferece e ao ambiente agradável que proporciona. Nos dias de sol é difícil achar um pedaço de grama não ocupado por toalhas e pessoas se bronzeando. Atrai também muitos turistas, claro, mas não tanto quanto outros parques localizados em áreas centrais.

Parc de Buttes Chaumont
Parc de Buttes Chaumont

Essa é uma ótima oportunidade para sair do roteiro mais manjado e conhecer uma nova região. Curta as tardes de sol para preparar um piquenique ou ainda para explorar as trilhas que o parque oferece.

  • Endereço: 1 rue Botzaris, 75019
  • Metro: Buttes-Chaumont, linha 7bis

Bisous,

Carol

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A melhor baguette de Paris 2015

31 de agosto de 2015 — by Carol Pio Pedro5

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A baguette é um símbolo da cultura francesa. É impossível não associar esse pão gostoso e crocante a um típico café da manhã francês. As filas que se formam na frente das boulangeries pela manhã à espera do pão fresco é uma imagem bem presente nas minhas lembranças. Mas na verdade, ela é consumida em praticamente todas as refeições.

Com tantas boas opções em Paris, deve ser uma tarefa difícil (e saborosa) escolher a melhor baguette da cidade, aquela que tem a combinação perfeita da maciez por dentro, crocância por fora e uma ótima aparência. Bom, alguém tem que fazer o trabalho duro, certo? Anualmente a prefeitura de Paris promove o “Grand Prix de la Baguette de Tradition Française de la Ville de Paris” e a boulangerie vencedora, além de receber um prêmio em dinheiro, poderá fornecer seu produto diariamente à residência oficial do Presidente da França ao longo do ano.

Imagine como deve ser difícil levar esse oscar pra casa uma vez. O head baker senegalês, Djibril Bodian, conseguiu o feito duas vezes ao vencer o Grand Prix 2010 e 2015! Sua premiada boulangerie “Le Grenier à Pain” está localizada em Montmartre e o que difere sua fachada das demais boulangeries vizinhas é o anúncio da premiação orgulhosamente exibido na vitrine. Ao entrar, o cheiro de pão quente e fresco domina o ambiente… é de dar água na boca. Eles têm uma grande variedade de pães, mas é claro que eu provei a famosa baguette! De-li-cio-sa! Não dá pra explicar mais do que isso… tem que experimentar!

  • Onde: Le Grenier à Pain – 38 rue des Abbesses, 75018, Paris
  • Quanto: 1,65€ cada
  • Estação de metro: Abbesses