Adorei o artigo que o blog Paris ZigZag publicou a respeito dos doces icônicos que foram criados na capital francesa e resolvi traduzi-lo para compartilhar com vocês. Para ver o post original clique aqui.
As vitrines das pâtisseries parisienses enchem nossos olhos e aquele cheirinho de massa amanteigada e chocolate são irresistíveis! Muitos desses doces são conhecidos mundialmente, mais quais, de fato, são “made in” Paris? As primeiras versões do macaron, por exemplo, não nasceram em Paris, mas na Itália. Descubra então quais são os doces realmente parisienses e um pouco de suas histórias!
Le millefeuille
Você ama esse doce crocante de massa folhada coberta com creme especial? Então faça uma peregrinação pelo 7éme, mais precisamente, no número 28, rue du bac. Foi aqui, na antiga pâtisserie Seugnot, que o mil folhas (criado por François Pierre La Varenne, por volta de 1651) foi aperfeiçoado por Marie-Antoine Carême e ganhou fama no final do século XIX .
Paris-Brest
Pequena charada: o que faz um chef pâtissier que é convidado a inventar um bolo em homenagem a uma corrida de bicicleta ligando Paris a Brest? Ele inventa um Paris-Brest! Quando, no final do séc. XIX, o organizador da corrida fez este pedido incomum para o chef parisiense Durand, este não procurou inspiração muito longe… ele inventou uma coroa em forma de uma roda de bicicleta, recheou com crème au beurre e polvilhou com amêndoas em flocos e açúcar de confeiteiro para torná-lo ainda mais apetitoso.
Saint-Honoré
Para seguir os passos desta especialidade parisiense você deve ir à rue Saint-Honoré onde, em 1850, ficava a Chiboust, a pâtisserie mais famosa de Paris naquela época. Entre os que trabalhavam na cozinha, Auguste Jullien, um jovem chef Pâtissier que gostava de preparar brioches recheados com creme. A base na qual ele se beneficiou em sua carreira por ter inventado o Saint-Honoré, esse doce feito de massa folhada sobreposta por um chou coberto com caramelo.
Le Financier
Se na Idade Média já se fazia bolos de amêndoa inventados pelas freiras, é apenas no final do século XIX que um parisiense os modernizou e inventou os financiers. Instalado perto da bolsa de valores, o chef pâtissier Lasne teve a idéia de oferecer docinhos de amêndoa que podiam ser degustados sem sujar as mãos de sua clientela composta em grande parte por… financistas! A invenção tem a forma de barras de ouro em referência à essa profissão, que também inspirou o nome do doce.
Le Baba au Rhum
Não podemos mentir que o baba ao rum foi inteiramente inventado em Paris. Seu brioche vem de muito longe porque é originalmente uma especialidade polonesa. Mas foi em Paris que um chefe pâtissier teve a ideia engenhosa de injetar rum para deixá-lo mais macio! E não foi qualquer chef… trata-se de Nicolas Stohrer, o chef pâtissier do rei Luís XV e de sua esposa Maria, filha do rei da Polônia. Ainda hoje, podemos degustar o famoso baba ao rum na pâtisserie Stohrer, a mais antiga de Paris ainda em atividade instalada desde 1730 na rue Montorgueil.
L’ Opéra
É também em Paris, na pâtisserie Dalloyau, ainda em atividade, que o doce l’opéra foi inventado. O criador Cyriaque Gavillon queria um bolo retangular com camadas aparentes que entregasse todo o sabor em uma única mordida. Muito moderno para a época, destacou-se dos demais ao oferecer esta receita pouco doce e especialmente sem álcool. De acordo com as versões, o nome dessa massa seria uma homenagem aos dançarinos da ópera ou ao reluzente piso do palco do Palais Garnier que lembraria a cobertura de chocolate do bolo.
La Religieuse
Ainda que a religieuse tenha sido inventada por um sorveteiro napolitano chamado Frascati, por volta de 1856, no café que ele mantinha no Boulevard Montmartre, o doce não é menos parisiense por isso. Originalmente, era um quadrado de massa de chou recheado com creme e coberto com chantilly. Uma edição bastante simples, longe da atual religieuse, que consiste em dois choux sobrepostos decorados com um colar de creme em referência ao vestido das freiras.
Qual é o seu doce favorito? O meu é o mil folhas… amo!!!
Bisous
Carol
6 comments
Anete Cláudia Alves
16 de agosto de 2018 at 22:17
Tudo isso é maravilhoso. Não sei qual escolher. Gostaria de provar todos. É só depois escolheria. É,assim será.
Carol Pio Pedro
29 de agosto de 2018 at 19:02
Certíssima, Anete!
Depois que provar todos os doces me conte qual foi seu favorito!
Bjs,
Carol
Suely Brandon
7 de outubro de 2018 at 18:01
O meu é o L’Opéra, mas o Mil folhas também gosto. Minha mémé tinha sempre um deles para me mimar quando eu ia de férias visitá-la em Paris.
Leidiane Gomes Marinho
13 de junho de 2019 at 21:27
Que post delicioso! Dicas anotadas! Bjs
Carol Pio Pedro
14 de junho de 2019 at 15:42
Oi, Leidiane.
Obrigada!
Depois me conte quais você mais gostou.
Beijos,
Carol
Adriano
12 de abril de 2021 at 02:53
Eu estive em Paris e fui experimentar o ” bolo do rei ” a sobremesa dele. Cheguei na doceria Stohrer,nesse dia ja estava fechando e comprei,. A doceria é bem simples,não nada de luxo la,mas tem muitas delicias. A Baba ao rum não curti ,muito ruim…kkkk ,mas a eclair de café de la , amei….mas eu experimentei a sobremesa do rei !