Nem só de grandes boulevards e largas avenidas vive Paris Ainda há muitos lugares com ares de interior, geralmente ruas localizadas em arrondissements residenciais e mais afastados do centro – na maior parte dos casos, áreas tardiamente incorporadas ao território parisiense, que também passaram pelo processo de reforma urbana promovido pelo Barão Haussmann, mas que conservaram suas características originais e, atualmente, são redutos de sossego e alvo de curiosos (como eu) em busca de cantinhos que fogem completamente aos padrões da Capital francesa.
Tire um dia para explorar esses coins que Paris esconde. Você não vai se arrepender! Vamos à minha lista:
1- Rue Crémieux (12ème): essa pequena via de pedestres, com 144m de extensão, fica a uma curta distância da Gare de Lyon. Uma rua considerada normal – composta por modestas casas geminadas – não fosse por um detalhe: suas fachadas coloridas! Pra completar o cenário, bicicletas e patinetes são, despreocupadamente, deixados próximos às portas de entrada sem nenhuma proteção e dividem o espaço com muitos vasos de plantas super bem cuidados pelos moradores. Repare que algumas casas ainda trazem pinturas nas paredes (passarinhos, gatos e até uma janela falsa)! Ah, e a cor diferente na parte inferior da fachada marca o nível das águas da grande enchente de 1910. A Rue Crémieux se tornou um hotspot dos instagramers – os cliques feitos aqui realmente ficam lindos ! Metrô: Gare de Lyon (linhas 1 e 14).
2- Villa-Lèandre (18ème): situada em Montmartre, numa travessa da movimentada Avenue Junot, se esconde a villa Lèandre, uma rua de paralelepípedo sem saída com ares britânicos – casas no estilo anglo-normando com tijolos vermelhos, telhados de ardósia, janelas em formato de arcos e muito verde. Os pequenos jardins particulares – luxo total em uma cidade como Paris – são extremamente floridos e impecáveis, e remetem ao clima do campo inglês. Nem o animado vizinho, o trendy Café Marcel, é capaz de perturbar a calma dessa rua. Metrô: Lamarck-Caulaincourt (linha 12).
3- Rue Berton (16ème): a pequena ruela de pedra está escondida no bairro de Passy e permanece intacta à ação do tempo e às transformações da cidade. Os fundos da antiga casa do escritor francês, Balzac, davam para essa via e reza a lenda de que ele fugia por aqui toda vez que credores batiam à sua porta! Aproveite para visitar o Museu Balzac, na própria casa, ou pelo menos os jardins dela. A vista pra Torre é bastante diferente dos ângulos já conhecidos. Metrô: Passy (linha 6).
4- Villa Daviel (13ème): rua estreita que se localiza no despretensioso bairro de Buttes aux Cailles, que pertencia ao município de Gentilly e abrigava minas de calcário e argila e, por conta do terreno instável, passou ileso às reformas do Barão Haussmann. Atualmente, é uma área bastante popular entre os locais descolados por seus bares animados e arte urbana – percorra suas ruas à procura dos grafitis nas paredes! A poucos passos do burburinho da rua principal e dos bares lotados estão a Petite Alsace, um antigo conjunto habitacional formado por 40 casas geminadas de arquitetura em estilo alsaciano (infelizmente a entrada é proibida para curiosos) e, logo à frente, está a Villa Daviel, uma rua de pedra com casinhas lindas e minúsculos jardins. Metrô: Place d’Italie (linha 6).
Divirta-se! Bisous
Carol
8 comments
Laura Angelim
8 de outubro de 2016 at 01:11
Matéria adorável. O lado não-turístico de Paris é, talvez, mais envolvente e aconchegante. Amei! Parabéns!
Carol Pio Pedro
9 de outubro de 2016 at 20:25
Olá, Laura.
Fico muito feliz que tenha gostado! Concordo com você que o lado não-turístico de Paris é ainda mais encantador.
Espero que siga e aproveite as dicas por aqui
Bisous,
Carol
Fabiula Kerber
10 de outubro de 2016 at 20:50
Carol, que imagens lindas e bela matéria! Que aconchego parece estar Paris nessa época linda!
Carol Pio Pedro
11 de outubro de 2016 at 17:47
Oi, Fabiula.
Que bom que gostou!
Adoro esses lugares que Paris esconde…
Acompanhe o 30 Jours à Paris no Instagram também: @30joursaparis
Lá posto diariamente cantinhos como esse!
Bjos
Carol
Jairo Augusto Charnaud
13 de outubro de 2016 at 18:36
No meu petit français: Très joli!!! Vive la France non tourist.
Carol Pio Pedro
13 de outubro de 2016 at 18:47
Oi, Jairo!
Merci beaucoup et vive la France \0/
Obrigada por acompanhar o 30 Jours à Paris!
Maurin Almeida Falcão
19 de outubro de 2016 at 21:38
Fora dos circuitos turísticos, Paris sempre guarda os seus cantinhos bucólicos.
Parabéns pela sensibilidade em captar “le vieux Paris”.
Carol Pio Pedro
21 de outubro de 2016 at 15:52
Olá, Maurin.
Muito obrigada!
Espero que siga acompanhando o 30 Jours à Paris por aqui ou pelo Instagram (@30joursaparis)
Bisous,
Carol