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O fabuloso Museu Jacquemart-André

5 de janeiro de 2017 — by Carol Pio Pedro0

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O museu Jacquemart-André é uma daquelas jóias fora do circuito turístico que a gente se arrepende de não ter conhecido antes… Como se já não bastasse a importância do acervo, o cuidado em manter e preservar as características originais da mansão e a disposição das obras pelos ambientes nos fazem viajar no tempo e reviver uma época gloriosa. A sensação é a de que estamos visitando uma (super) casa e que a qualquer momento os anfitriões aparecerão.

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Aliás, a história desse museu vale ser contada: ele surge da união de um ávido casal colecionador de arte, Edouard André, herdeiro de uma família de banqueiros, e a artista Nélie Jacquemart. No séc. XIX, durante a grande reforma urbana idealizada pelo Barão de Haussmann, muitos vilarejos foram anexados à Paris e vias foram construídas para interligar a periferia com o centro. Foi na recém-incorporada área de Monceau, mais precisamente na nova via chamada Boulevard Haussmann, que  Edouard André decidiu construir sua mansão.

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O trabalho foi confiado ao arquiteto Henri Parent e os trabalhos começaram em 1868. O prédio foi projetado de forma completamente simétrica e a inspiração para a fachada veio de outras construções clássicas. A obra foi concluída em 1875 e Henri Parent, muito aclamado por seu projeto excepcional.

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A ideia de Edouard André era a de que a mansão abrigasse todos os itens de sua coleção, que contava até então, com bimbelots, objetos em ouro e prata, cerâmica, miniaturas e tapeçarias. Passou também a colecionar quadros de artistas como Delacroix, pintores orientalistas, alguns da escola de Barbizon, Rembrandt e uma conhecida pintora chamada Nélie Jacquemart, com quem se casou em 1881.

Nélie Jacquemart também era apaixonada por colecionar itens diferentes e apoiou plenamente os planos de Edouard André em expandir a coleção de obras de arte. Mais tarde, foi peça fundamental no processo de transformação da residência privada em museu.

Ao longo dos anos, a mansão foi decorada com inúmeros móveis e objetos de arte, e a coleção aumentava a medida que viajavam, primeiramente, pela Europa, em particular pela Itália, e depois pelo Oriente Médio. O casal não só investia em quadros e objetos pequenos, mas também em painéis, afrescos, lareiras  e até mesmo em pinturas de teto, todos devidamente bem instalados na residência Jacquemart-André.

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Surge então a vontade do casal em transformar sua residência em museu, deixando em testamento a propriedade e a impressionante coleção de arte para o Institut de France, com a condição de que tudo seria mantido ali. Edouard morre em 1894 e Nélie em 1912. No ano seguinte o museu é inaugurado e aberto ao público.

Além do acervo permanente, o Museu Jacquemart-André recebe, frequentemente, exposições temporárias. Para acompanhar a programação visite o site oficial.

Dica: o Café Jacquemart-André, instalado na antiga sala de jantar do casal, é um dos melhores salons de thé de Paris. Imperdível na minha opinião! No cardápio, opções rápidas para almoço (saladas, quiches e prato do dia) e doces deliciosos! Aos domingos, o brunch servido a partir das 11hs é famoso entre os parisienses.

  • Onde: 158 Boulevard Haussmann 75008
  • Metrô: Saint-Augustin (linha 9), Miromesnil (linhas 9 e 13) ou Saint-Philippe du Roule (linha 9)
  • Horário Museu: aberto todos os dias (10hs às 18hs)
  • Horário Café: Seg à Sáb (11h45 às 17h30) e Dom (11hs às 14h30)

Profite bien!

Bisous,

Carol

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